Com três semanas de atraso, finalmente me dignei em escrever sobre o GP da Hungria, aquele vencido por Mark Webber e que teve como lance mais memorável bela a ultrapassagem de Barrichello sobre Schumacher, que o espremia contra o muro de proteção da reta dos boxes.
Se num primeiro momento uma batalha de dois coadjuvantes da temporada por uma décima colocação não pareça de grande valia, é preciosa por ser uma jogada de dois mestres que já se conhecem há muito tempo e sabiam exatamente o que estavam fazendo. Os centímetros de pista que restaram ao brasileiro eram a distância entre a glória e a derrota, o orgulho e a chacota, sem a opção de desistir ou tirar o pé. Dizem que um herói é aquele que não teve tempo de fugir, e, sem escolhas, acaba fazendo o que deve ser feito. E este foi o caso.
Ainda que seja uma sombra de outros dias, Schumacher sabe que tem uma reputação a manter e Barrichello, feridas a cicatrizar. Moralidades à parte, a disputa entre os dois foi uma daquelas jogadas lindas, que entrarão para a história e me provam que a F1 nos últimos três anos está vivendo seus dias de glória, ao contrário do que acham as carolas que só vêem o antigamente como valioso.
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