30 abril, 2010

paixão política e o politicamente correto

Deformações ideológicas não se acabam do dia para a noite.Vivemos, mais de uma década, sob a ditadura do pensamento único, do “politicamente correto”. A paixão política passou a ser um “defeito”, aliás quase todas as paixões passaram a ser um defeito, um “fanatismo”. Claro que não se está louvando aqui a irracionalidade, o sectarismo, a imbecilidade. Mas a história humana é feita de paixão. Ou será que não foi preciso paixão para os homens que deram a vida nas barricadas da Revolução Francesa, para que aquele país e o mundo pudessem gritar “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”? Faltou paixão, aqui, aos Henriques Dias, negros, aos Felipes Camarão, índios, para lutarem em Guararapes ao lado do português João Fernandes, fundando o sentimento nacional? Ou a Tiradentes, para enfrentar o cadafalso? A Getúlio, para a bala no coração?
Brizola Neto, em O fio da história na ponta de nossos dedos

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